Em SP, só 12% dos monumentos são ''adotados''
Programa da Prefeitura conseguiu apoio para manter 50 de 400 obras
Estadão por
Lais Cattassini
As 400 obras disponíveis podem ser conservadas ou restauradas com o patrocínio de pessoas físicas ou jurídicas - basta que os interessados encaminhem ao Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura uma solicitação para a adoção. O site www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico orienta.
"É raro que empresas adotem monumentos. Ainda não existe a consciência de que o cuidado dessas obras é importante", diz Francisco Zorzete, da Companhia de Restauro, responsável pelas restaurações. Patrocinada pelo Grupo Votorantim, a companhia livrará da deterioração marcos artísticos, como o Monumento às Bandeiras, na Praça Armando de Salles Oliveira, e a escultura Depois do Banho, no Largo do Arouche.
As obras sofrem por motivos diversos. A maioria apresenta pichações, e algumas perderam pedaços - caso da escultura Guanabara, no Parque Anhangabaú, que perdeu o nariz e as pontas dos dedos. Um dos casos mais graves, segundo Zorzete, é o Monumento aos Fundadores de São Paulo, perto da Assembléia Legislativa: o monumento já não exibe mais uma placa de bronze com inscrições do momento retratado pelo artista Luiz Morrone, em 1962.
Acredita-se que até novembro todas as obras já estarão prontas. Segundo o Grupo Votorantim, durante a reforma os monumentos serão envoltos por painéis que explicarão a história e a importância de cada espaço escolhido.
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